quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Recordar.... A Actividade do CDS na Assembleia Municipal


Em Abril de 2005, o CDS apresentou à Assembleia Municipal de Arouca uma proposta de criação de um Monumento aos Ex-Combatentes, proposta que foi rejeitada com os votos do PS e do PSD. Adiou-se uma homenagem merecida aos mais de 3.000 ex-combatentes arouquenses, e ficou a sua discussão para a história, provavelmente como o momento mais negro da democracia arouquense. Passados uns meses em véspera de Autárquicas, o candidato do PSD já defendeu a necessidade dessa homenagem; passados uns anos, alguns dos que denegriram a imagem daqueles que lutaram pela pátria, que insultaram o CDS e ameaçaram fisicamente os seus membros (durante a discussão da proposta) preparam-se para concretizar a proposta. Embora a cegueira e o vale tudo em politica para o Partido Socialista, é caso para dizer "mais vale tarde do que nunca".

Deixamos aqui o texto integral da proposta apresentada pelo CDS a 21 de Abril de 2005



PROPOSTA DA CONSTRUÇÃO DE UM MONUMENTO AOS EX-COMBATENTES

“O que somos hoje como Nação e como País depende, em larga medida, do contributo que deram para ultrapassar os momentos mais difíceis da nossa História e garantir a perenidade da nossa identidade nacional. A República não se esquece nem pode esquecer, a dedicação e o sacrifício de todos esses portugueses, e por isso lhes presta esta sentida homenagem.”
Discurso do Senhor Presidente da Repúblicano dia 9 de Abril de 2004, nas comemoraçõesdo dia do combatente que se realizaram na Batalha.


“Depois, quando veio a política em liberdade, o problema já não era desvalorizar a guerra para que pudesse perdurar, mas desvalorizar a guerra para sublinhar o erro da sua razão de ser. (…) Houve momentos em que era quase vergonha ser antigo Combatente. Foi doloroso ver o antigo Combatente muitas vezes apresentado como uma vítima obtusa de erros alheios, ou então, pior ainda, como um suspeito que era necessário reabilitar de ideias imperiais ou retrógradas. (…) Nós somos simplesmente e orgulhosamente antigos combatentes, que fizeram na sua época aquilo que ao longo de quase novo séculos, de geração em geração, os melhores portugueses fizeram para garantir a todos nós coisas tão simples, mas tão essenciais, como estar hoje em Portugal e falar-vos em português. Ao longo de todos esses séculos podemos questionar quais foram as guerras justas ou injustas, quais foram as guerras úteis ou inúteis, quais as que se justificavam e quais as que não, quais as que deviam ser evitadas porque não eram a resposta certa para os problemas que pretendiam resolver. Esse julgamento, passado o tempo da política, fá-lo sempre a História. (…) Mas, hoje em dia Portugal é Portugal porque apesar dos erros e dos acertos, apesar dos enganos e das verdades, apesar das certezas e dos arrependimentos, apesar de tudo, nunca os portugueses regatearam o sacrifício de combaterem quando o apelo é feito em nome da Pátria. (…) Se a sociedade portuguesa nos desvalorizar e desvalorizar o esforço que só quem lá esteve sabe que fez, não comete apenas uma ofensa violenta relativamente a milhares e milhares de concidadãos. O Erro será muito maior. Contribuir dessa forma para debilitar um dos pilares essenciais em que assenta a sua própria existência, que é a preservação do espírito de defesa colectivo. Quem no futuro estará disposto a combater se for evidente que os que regressam do combate sentem todos os dias a intolerável amargura do esquecimento e da indiferença?”
Discurso do Eng. Ferreira do Amaral no dia 10 de Junho de 2004.

Considerando:
- que milhares de Arouquenses participaram nos conflitos bélicos em que Portugal esteve envolvido durante o século XX (I Grande Guerra Mundial e Guerra do Ultramar).
- que algumas dezenas de Arouquenses morreram em combate em nome de Portugal (17 na guerra colonial).
- a necessidade de reconhecer os serviços prestados pelos cidadãos como forma de reforço da identidade nacional.
- que os ex-combatentes encontravam-se ao serviço de Portugal, tendo sido mobilizados, na sua maioria obrigados, para defender os interesses de Portugal.
- que os ex-combatentes foram obrigados a abandonar as suas famílias, as suas terras e à sua vida para servir Portugal e lutar pela Liberdade (I Grande Guerra) ou pela integridade do território nacional (Guerra Colonial).
- que os ex-combatentes do ultramar, mesmo muitos daqueles que não concordavam com a Guerra, não desertaram, não conspiraram e não traíram Portugal sacrificando-se pessoalmente pela unidade nacional.
Por tudo acima mencionado, incluindo pelas ideias transmitidas pelo Sr. Presidente da República e pelo ex-ministro Eng. Ferreira do Amaral, o CDS/ Partido Popular- Arouca, através do seu Grupo Municipal, vem por este meio apresentar esta proposta que tem por objectivo único a construção de um monumento em homenagem aos ex-combatentes de um modo aqueles que «tombaram» pela pátria. Não podemos desprezar a nossa história, porque o desprezo pela nossa história é o desprezo pela nossa identidade.

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