sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Caso Camarate - 29 anos depois, "um dos maus exemplos do funcionamento da justiça".


O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu esta sexta-feira que ainda é possível o apuramento da verdade sobre a morte do ex-primeiro-ministro Sá Carneiro e de Adelino Amaro da Costa na sequência da queda do avião em que seguiam.
“Tudo o que nós gostaríamos que fosse possível é que, em Portugal, num Estado de Direito digno desse nome, a morte de um primeiro-ministro e de um ministro da Defesa e das outras pessoas que os acompanhavam, não fosse impune e que as dúvidas fossem esclarecidas”, declarou Paulo Portas.
Declarações do líder do CDS-PP no final da inauguração de uma pequena biblioteca, instalada na sede do partido, com o nome do ministro da Defesa do VI Governo Constitucional.
Questionado se pondera alguma iniciativa, Paulo Portas disse que o partido irá “ver o que ainda é possível fazer” no sentido de “descobrir a verdade”, considerando que o caso Camarate é um dos "maus exemplos do funcionamento da Justiça" em Portugal.
Paulo Portas considerou que “as circunstâncias em que sucedeu Camarate "nunca foram esclarecidas” e que “nunca houve muita vontade de as esclarecer”, ressalvando o “excelente trabalho” das comissões parlamentares de inquérito na Assembleia da República.
“Até hoje o Estado português não foi capaz, nem da vontade nem da coragem, de perceber o que é que sucedeu em Camarate. E nós não deixaremos de lutar para que a verdade seja esclarecida”, disse antes Portas, falando perante alguns militantes e apoiantes na sede do partido.
A biblioteca Adelino Amaro da Costa reúne o espólio do Instituto Democracia e Liberdade e os arquivos do CDS-PP, um “trabalho de memória” e “de futuro” para o partido, assinalou Paulo Portas.
Na sessão de homenagem ao ex-ministro da Defesa, o líder do CDS-PP, disse querer “trabalhar com afinco para fazer do CDS um grande CDS como sonhou Adelino Amaro da Costa”.
O ex-primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o ministro da Defesa do VI Governo Constitucional Adelino Amaro da Costa morreram, a 04 de Dezembro de 1980, em Camarate, num desastre de avião, segundo a versão oficial dos acontecimentos.
Ao longo dos anos, a Assembleia da República criou oito comissões de inquérito e a última concluiu pela tese de atentado para explicar a queda do avião.
IOL.pt

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