terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Paulo Portas pede bom senso para a política agrícola


Paulo Portas pediu hoje bom senso para a política agrícola e apelou a que, sexta-feira, o Estado se redima da falta de atenção que tem tido para com o sector, sobretudo ao nível da produção do leite.

Na sexta-feira, no Parlamento, o CDS-PP marcou um agendamento potestativo (direito de impor a ordem do dia) sobre agricultura e já prometeu apresentar um pacote de vinte medidas para o sector.
«Tem que haver mais respeito pelo risco e investimentos dos agricultores», defendeu o líder do CDS durante a visita que fez hoje a uma exploração agrícola no concelho de Arouca.
«Tem que terminar de vez o atraso no controlo e pagamento do chamado RPU (Regime de Pagamento Único), que é dinheiro 100 por cento comunitário. Portugal só tem que fazer controlos e pagamentos a tempo, e até nisso o Ministério se desmazela».
Para Paulo Portas, a definição de uma nova estratégia de apoio à agricultura nacional será particularmente decisiva num momento em que o sector da produção do leite enfrenta sérias dificuldades: «a subida dos custos de produção, a descida dos preços pagos ao produtor, o atraso no controlo e pagamentos dos fundos comunitários, e a entrada em vigor de novas normas comunitárias para o funcionamento das vacarias».
«Este ano, juntaram-se vários factores que dificultam a vida de quem faz da produção e venda de leite a sua fonte de rendimento», afirma Paulo Portas.
O agricultor «já esteve disponível para correr riscos e fazer investimento», pelo que, agora, é vez de o Estado corresponder, apoiando «um sector que gera emprego e até receita».
Para o líder do CDS, essa estratégia poderá entrar em conflito com a que vier a ser seguida pelos países que pretendem ver os fundos da Política Agrícola Comum «desviados para outros sectores», mas o Governo português terá que assegurar os interesses dos «200 mil agricultores cujo rendimento depende dessas ajudas».
Importa «encontrar soluções rápidas para que a vida no mundo rural seja completamente diferente em 2010» e incentivar a produção em território nacional de produtos que, actualmente, ao serem importados, só estão «a ajudar à riqueza de terceiros».


Lusa / SOL

Sem comentários:

Enviar um comentário