quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

PAULO PORTAS POLÍTICA DO GOVERNO 'É UMA FÁBRICA DE DESEMPREGADOS'


Paulo Portas afirmou esta quarta-feira que, a política do Governo "é uma fábrica de desempregados". Na interpelação do CDS-PP ao Governo, o líder do partido lembrou a promessa do executivo de criar 150 mil novos postos de trabalho e sublinhou que são as empresas que criam empregos no país.
Segundo Paulo Portas, Portugal começou o ano com 400 mil desempregados e "quando acabar o ano terá muito provavelmente 600 mil desempregados", nas contas do lider centrista, "em cada cinco jovens, um não consegue encontrar uma possibilidade de encontrar um projecto de vida", sublinhando que "não vale a pena ter em 2010 a mesma política de combate ao desemprego de 2009".
Para o CDS-PP são as "micro, pequenas e médias empresas que criam emprego" e, por isso, considera que "é muito mais útil ter menos impostos para ajudar as empresas a sobreviverem e aumentarem postos de trabalho do que terem impostos altos e entrarem em incumprimento".
Paulo Portas defendeu, por isso, que o Governo "baixe o pagamento especial por conta enquanto é tempo, aceite pagar as dívidas do Estado a tempo e horas dinheiro que vai mais rápido para economia e ponha a funcionar fundos comunitários, nomeadamente o QREN e o PRODER". Além disso, o deputado centrista apelou para que o Governo "aceite majorar o subsídio de desemprego a casais desempregados, especialmente quando há filhos".
Para Paulo Portas as políticas de combate ao desemprego do Governo têm “um erro de fundo” e considerou que “a criação de emprego” tem de passar pelas empresas e não pelos executivos. O líder do CDS, afirmou que este “erro de fundo ficou expresso num cartaz que ficou famoso”.
“Vamos criar 150 mil postos de trabalho”, citou, referindo-se a um cartaz do PS da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2005.
“Este erro tem duas consequências, as políticas não actuam sobre a raiz do problema nem sobre a fonte criadora, as pequenas e médias empresas”, que Portas apontou como 90 por cento das empresas na economia portuguesa.
“Tendo prometido 150 mil empregos o que tem hoje são 150 mil novos desempregados, quando começaram em funções tinham 400 mil desempregados e no final deste ano, provavelmente e infelizmente, terão 600 mil”, reforçou Paulo Portas.
Referindo-se ao Plano para o Investimento e para o Emprego, cujo programa para 2010 foi anunciado na semana passada pelo Governo, Portas teceu críticas aos números do ano passado.
Segundo Paulo Portas, no apoio à manutenção do emprego aos trabalhadores com mais de 45 anos, previsto para 500 mil pessoas, “apenas foram apoiados 194 mil trabalhadores”, no apoio ao emprego jovem de 20 mil foram visados 8 mil e em relação aos desempregados de longa duração foram apoiados 1335 de um universo de 8 mil trabalhadores.
“No apoio às empresas que contratem desempregados eram 3000 e verificaram-se 15. Há uma grande diferença”, salientou o líder do CDS.
“Não vale a pena anunciar para 2010 a mesma política de combate ao desemprego que em grande medida fracassou”, acrescentou.
Pedindo uma “mudança radical” nas políticas de emprego, Paulo Portas defendeu que “facilitar a vida às PME” evitaria o “fecho de fábricas, o abandono da laboração, os despedimentos e o receio de fazer novas contratações” por parte das empresas.
Neste sentido, Portas defendeu propostas como a redução de impostos para as empresas, do pagamento especial por conta, o pagamento de dívidas do Estado “a tempo e horas”, a aplicação dos fundos comunitários ou a majoração do subsídio de desemprego a casais desempregados e com filhos.



CDS com IOL.pt

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