Paulo Portas tomou posse como deputado da Assembleia Municipal de Arouca, depois da lista por si encabeçada ter conseguido que nesse órgão local a representatividade do CDS-PP aumentasse de um para oito eleitos. Garantindo que irá cumprir os quatro anos de mandato, o líder nacional dos populares afirmou: "Foi para isso que fui eleito. Submeti-me a votos e agradeço imenso os 35 por cento que a lista que encabecei recebeu. Temos aqui uma boa bancada". Quanto às suas prioridades para o concelho, Paulo Portas - que já anunciou que irá ser o líder da bancada popular em Arouca - destaca a construção de vias rápidas de acesso ao litoral. "Arouca é uma terra lindíssima, com um património extraordinário, que não está assim tão longe dos centros de progresso, mas que está muito longe do desenvolvimento", explica. "O problema chama-se interioridade e a solução chama-se vias de acessos, que são a minha prioridade absoluta".
Pedro Magalhães, que integra a concelhia local do CDS e também a distrital do partido, recorda que "o convite dirigido a Paulo Portas para ser cabeça de lista à Assembleia de Arouca tinha uma condição, que era ele cumprir a totalidade do mandato". "Ele achou piada à forma como lhe apresentamos as coisas", conta Pedro Magalhães, "porque não é normal ainda se estar com exigências quando se pede um favor destes a um líder nacional e se quer que ele nos venha ajudar no combate aos problemas do concelho". Para Pedro Magalhães, o primeiro mérito de Paulo Portas a nível local já foi conseguido: "[Na Assembleia Municipal] pelo menos cinco dos nossos oito deputados foram eleitos graças a ele".
Nas autárquicas de 11 de Outubro, o CDS-PP conseguiu resultados históricos no concelho de Arouca, ao obter cerca de 5300 votos para a Assembleia Municipal, num universo de 21.380 eleitores. Esses 35 por cento correspondem a oito deputados, com os quais o CDS iguala a bancada do PS, partido que, embora tendo ganho a Câmara por 58,5 por cento, ultrapassando em 48,9 os populares, na Assembleia viu essa vantagem reduzida para 2,6 por cento, em 5700 votos. As concelhias locais do CDS e do PSD chegaram a considerar um acordo para a apresentação de uma lista conjunta à presidência da Mesa da Assembleia, mas o projecto não foi concretizado.
Paulo Portas esclarece que "haveria toda a legitimidade para isso acontecer, como se verifica noutros concelhos e já se verificou em Arouca", mas declara que não avançou com a ideia "por uma questão de consciência". "Nós tivemos 35 por cento dos votos e os socialistas tiveram 37", afirma. "Se houve mais 2 por cento de pessoas que votaram no PS, é justo que seja o PS a presidir".
Agência Lusa
2009-10-30
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