sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Portas toma posse como deputado da Assembleia Municipal de Arouca


Paulo Portas tomou posse como deputado da Assembleia Municipal de Arouca, depois da lista por si encabeçada ter conseguido que nesse órgão local a representatividade do CDS-PP aumentasse de um para oito eleitos. Garantindo que irá cumprir os quatro anos de mandato, o líder nacional dos populares afirmou: "Foi para isso que fui eleito. Submeti-me a votos e agradeço imenso os 35 por cento que a lista que encabecei recebeu. Temos aqui uma boa bancada". Quanto às suas prioridades para o concelho, Paulo Portas - que já anunciou que irá ser o líder da bancada popular em Arouca - destaca a construção de vias rápidas de acesso ao litoral. "Arouca é uma terra lindíssima, com um património extraordinário, que não está assim tão longe dos centros de progresso, mas que está muito longe do desenvolvimento", explica. "O problema chama-se interioridade e a solução chama-se vias de acessos, que são a minha prioridade absoluta".
Pedro Magalhães, que integra a concelhia local do CDS e também a distrital do partido, recorda que "o convite dirigido a Paulo Portas para ser cabeça de lista à Assembleia de Arouca tinha uma condição, que era ele cumprir a totalidade do mandato". "Ele achou piada à forma como lhe apresentamos as coisas", conta Pedro Magalhães, "porque não é normal ainda se estar com exigências quando se pede um favor destes a um líder nacional e se quer que ele nos venha ajudar no combate aos problemas do concelho". Para Pedro Magalhães, o primeiro mérito de Paulo Portas a nível local já foi conseguido: "[Na Assembleia Municipal] pelo menos cinco dos nossos oito deputados foram eleitos graças a ele".
Nas autárquicas de 11 de Outubro, o CDS-PP conseguiu resultados históricos no concelho de Arouca, ao obter cerca de 5300 votos para a Assembleia Municipal, num universo de 21.380 eleitores. Esses 35 por cento correspondem a oito deputados, com os quais o CDS iguala a bancada do PS, partido que, embora tendo ganho a Câmara por 58,5 por cento, ultrapassando em 48,9 os populares, na Assembleia viu essa vantagem reduzida para 2,6 por cento, em 5700 votos. As concelhias locais do CDS e do PSD chegaram a considerar um acordo para a apresentação de uma lista conjunta à presidência da Mesa da Assembleia, mas o projecto não foi concretizado.
Paulo Portas esclarece que "haveria toda a legitimidade para isso acontecer, como se verifica noutros concelhos e já se verificou em Arouca", mas declara que não avançou com a ideia "por uma questão de consciência". "Nós tivemos 35 por cento dos votos e os socialistas tiveram 37", afirma. "Se houve mais 2 por cento de pessoas que votaram no PS, é justo que seja o PS a presidir".

Agência Lusa

2009-10-30

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