A
ministra do Ambiente, Assunção Cristas, anunciou hoje que está a ser preparada
uma espécie de "Vamos Plantar Portugal", dotando o país de uma nova
árvore por cada habitante."Vamos
trabalhar para que seja possível, na altura em que é mais conveniente, montar
uma grande ação assente no voluntariado para plantar ou semear Portugal. Se por
cada português conseguirmos ter mais uma árvore, o nosso PIB aumenta, a nossa
riqueza aumenta, a nossa contribuição para a diminuição das alterações
climáticas aumenta, porque a floresta é um grande pulmão de sequestro de
carbono", afirmou.
A
ministra falava no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), em Terras de Bouro,
onde foi assinalar o fim do Ano Internacional das Florestas.
Com
calças de ganga, calçado desportivo e de sachola na mão, Assunção Cristas
procedeu à plantação de duas árvores e ainda lançou uma semente.
A
oportunidade foi aproveitada para "oficializar" a fusão entre o
Instituto para a Conservação da Natureza e a Autoridade Florestal Nacional, que
dão lugar ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
O
objetivo é "aumentar a produção florestal, mas ao mesmo tempo ter uma
produção sustentada, com grande cuidado na conservação da natureza”.
Uma
fusão que, garantiu a ministra, não implicará qualquer despedimento, mas sim a
racionalização de meios, de forma a libertar mais gente "para estar no
terreno" em missão de fiscalização e de vigilância.
"Mais
gente no terreno, em missão de prevenção, é absolutamente essencial. O combate
[aos incêndios] é um sorvedouro de dinheiro que só nos enche de tristeza",
salientou.
Assunção
Cristas lembrou que hoje Portugal importa, por ano, 200 milhões de euros de
matéria-prima para a indústria da madeira, uma cifra elevada para um país cujo
território está 63 por cento coberto por floresta.
Este
ano, no PNPG, foram plantadas cerca de 20 mil novas árvores, quando o objetivo
fixado inicialmente seria uma árvore por cada um dos 10 mil habitantes do
Parque.
Segundo
Lagido Domingos, diretor do PNPG, foram ainda recuperados 300 hectares de
pastagens e criados 100 hectares de faixas de gestão de combustível.
Lagido
Domingos disse ainda que, além dos incêndios, a propagação das espécies
invasoras é outra das principais ameaças ao PNPG.
CDS-PP/Lusa
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